Trabalhar em conjunto pelo cumprimento das dotações seguras foi o acordo estabelecido entre a Ordem dos Enfermeiros (OE) e a Associação Portuguesa de Insuficientes Renais (APIR) no passado dia 20 de julho, em reunião realizada na Sede da OE, que contou também com a presença da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Diálise e Transplantação. Em causa, o reduzido número de enfermeiros que presta cuidados de Enfermagem nos centros privados de hemodiálise aos 12 mil doentes renais existentes em Portugal.
Neste encontro, a APIR fez referência ao Manual de Boas Práticas de Diálise Crónica, publicado pelo Colégio da Especialidade de Nefrologia da Ordem dos Médicos, onde se especifica que o rácio ideal é de 1 enfermeiro para 4 doentes, o que na prática não acontece, podendo pôr em causa a qualidade do tratamento prestado. Sobre esta matéria, Luís Barreira, Vice-presidente da OE, explicou que a Ordem realiza Visitas de Acompanhamento do Exercício Profissional com o intuito de verificar o cumprimento das dotações seguras previstas nos vários manuais de qualidade existentes e no Regulamento n.º 533/2014 – Norma para o Cálculo de Dotações Seguras dos Cuidados de Enfermagem.
A alteração da legislação referente ao transporte de doentes não urgentes foi outra das temáticas abordadas. A APIR pediu ajuda à Ordem para sensibilizar os decisores políticos para esta questão.
De referir que a OE irá publicar brevemente o Guia Orientador de Boa Prática – Cuidados à pessoa com doença renal crónica terminal em hemodiálise.
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