Caros colegas,
Atravessamos momentos muito delicados e de grande incertezas a todos os níveis. Para nós, doentes renais, a situação é ainda mais delicada, como doentes crónicos que somos e, no caso dos hemodialisados, pela necessidade de tratamento fora de casa que é indispensável à vida.
As notícias seguem-se em catadupa, a uma velocidade galopante. O que era ontem verdade, hoje já não o é, e amanhã ainda menos. Recebemos informações contraditórias a todo o momento, os números assustam e paralisam. Como Presidente da APIR – Associação Portuguesa de Insuficientes Renais gostaria de aproveitar este momento para dar uma palavra de apoio e esperança aos cerca de 20.000 doentes renais de todo o país. Há doentes renais que têm que continuar a trabalhar, há doentes renais que têm que continuar a prestar auxílio aos seus familiares, há doentes renais que têm que continuar a sair de casa para os tratamentos, e que continuam a depender do transporte coletivo para se deslocarem. Este momento de fragilidade põe-nos a todos à prova, a começar por nós, mas passando naturalmente pelos profissionais de saúde e por todos que permitem que esta pesada máquina continue a funcionar.
A APIR encontra-se em contacto com as entidades envolvidas para que, juntos possamos procurar soluções e informações sobre o estado do tratamento de hemodiálise em Portugal, sem comprometer a segurança e a qualidade do mesmo.
Mas o sucesso deste momento depende também de cada um de nós. Cabe-nos seguir as recomendações das equipas que nos acompanham e das autoridades de saúde, encarar esta situação como um assunto sério e proceder às regras de autoproteção tão amplamente difundidas.
A APIR continuará disponível pelos meios de contacto habituais (exceto presencialmente) para informar e apoiar todos quantos se nos dirigem.
Um bem-haja a todos. Juntos somos mais fortes.
José Miguel Correia
Presidente da Direção Nacional
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