No dia 28 de novembro de 1991 nasceu o meu filho Bruno, que foi muito desejado. A partir daí foi uma batalha de sobrevivência, esta é a melhor palavra para definir tudo aquilo por que o Bruno passou, porque o meu filho nasceu com insuficiência renal crónica devido a válvulas da uretra posterior, doença essa que o vai acompanhar para toda a vida. A doença foi diagnosticada com cerca de 1 mês de idade, durante um internamento de urgência.
Foi conseguindo aguentar até aos 19 anos, sempre com acompanhamento médico e com alguns sustos e contratempos pelo caminho. No entanto, em junho de 2011, ele já estava no limite. Para mim, ser mãe é amar sem limites nem condições, ser mãe não é só dar à luz, mas sim participar na vida do seu fruto gerado. Por esta razão, ofereci-me para lhe doar um rim e tive a sorte de ser compatível com ele. Depois de há muito tempo ter perdido a fé em alguém que está acima de nós e a que chamamos de Deus, esse Deus deu de novo uma oportunidade ao meu filho de renascer.
Durante o período que foi necessário para eu realizar todos os exames de preparação, o Bruno fez fazer diálise peritoneal durante cerca de 6 meses. Até que chegou o dia mais feliz da minha vida, 13 de dezembro de 2011, em que doei o rim ao meu filho. Daí em diante têm havido alguns altos e baixos, mas tudo tem dado certo. Sou uma mãe muito feliz e realizada porque fiz a melhor coisa do mundo: dei vida de novo ao meu filho!